domingo, 5 de outubro de 2008

O Romantismo na França

O Romantismo na França teve a função de propagar os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade pregados pela Revolução Francesa. A sociedade dessa época era dividida em duas partes. De um lado estava uma pequena classe dominante, o clero e a nobreza e, do outro, uma grande massa de pessoas entregues à miséria e à opressão. O resultado não podia ser outro, a não ser a explosão de uma Revolução, ocorrida em 1789.
Depois da tomada da Bastilha, símbolo do regime feudal, instaurou-se na França o Novo Estado, que agora poderia propiciar felicidade e garantir liberdade individual para a população.

Os Românticos, que haviam acreditado e se engajado nos princípios revolucionários, logo perceberam que as transformações sociais almejadas não ocorreram e que a liberdade não foi amplamente traduzida em igualdade. Essa "traição" gerou, no Romântico, um sentimento de frustração e desencanto, que marcou a segunda geração Romântica.
Na França as principais figuras desse período foram:

François-René de Chateaubriand (1768-1848)
O escritor e político François-René de Chateaubriand, visconde de Chateaubriand, foi um dos precursores do Romantismo e deixou uma obra que influenciou decisivamente a literatura francesa e européia. Por causa de sua atividade política foi exilado para Londres e, depois de reabilitado, retornou à França, onde seguiu carreira política.
Da obra de Chateaubriand destacam-se: "Génie du Christianisme", onde reuniu escritos como "Atala", "René" e "Les Natchez"; "Itinéraire de Paris à Jérusalem"; "Vie de Rancé"; e a sua primeira obra de peso "Essai Historique, Politique et Moral Sur les Revolutions" (1797). Após a sua morte, e sob o apropriado título, foi publicada as "Mémoires d´Outre-Tombe", (Memórias de Além-Túmulo).


Alphonse de Lamartine (1790-1869)
Além de participar ativamente da política, ocupando cargos de importância, Lamartine conseguiu um grande destaque na poesia com a obra "Meditações Poéticas" (1820). Essa obra é caracterizada por sua linguagem simples e repleta de cenas tipicamente cotidianas. Em 1836 Lamartine lançou dois poemas narrativos: "Jocelyn" e "A Queda de um Anjo".


Alfred de Musset (1810 1857)
Alfred de Musset, considerado por muitos o "menino prodígio do Romantismo" francês, teve sua obra fortemente influenciada por Lord Byron. Foi Musset que, para explicar o pessimismo, o tédio e a melancolia que tomou conta da segunda geração Romântica, utilizou pela primeira vez o termo "mal do século". Musset é um escritor extremamente crítico no que se refere à religião e sua poesia é tão sentimental que, por muitas vezes, chega a ser ridícula. De sua obra poética destacam-se: "Primeiras Poesias" e "Novas Poesias". Além disso, Musset escreveu comédias de teores crítico e satânico.

Victor Hugo (1802-1885)
Victor Marie Hugo é considerado por muitos estudiosos a maior expressão do Romantismo francês. Sua obra mais popular é "O Corcunda de Notre Dame"(1831). No entanto, é em "Os miseráveis", escrito na Inglaterra durante o exílio, que podemos perceber a preocupação que o escritor tinha com a questão da educação. Vitor Hugo não conseguiu fama apenas escrevendo romances. Além de escrever peças teatrais, cujo maior destaque é "Cromwell", de 1827, e ele foi autor de uma extensa obra lírica, que, além de exaltar valores como a pátria e o lar, ainda revelam todo sua popularidade e intimismo.
Da obra lírica de Vitor Hugo destacam-se "Odes e Baladas" (1827); "As Folhas de Outono" (1831); "As Vozes Interiores" e "Os Cantos do Crepúsculo".

2 comentários:

Corpoepalavra disse...

Prezada Danielle: Estou fazendo uma Pós-Graduação em Arte-Educação e pesquisarei o período Romântico e suas vertentes, tanto sociais quanto artísticas principalmente no âmbito da Dança Clássica. Gostaria que você colocasse no blog as referências bibliográficas que você utilizou para que eu possa colocar no conteúdo da monografia as citações do seu blog (se elas forem aceitas)Seria muito bom saber as suas fontes de pesquisa para que eu pudesse me aprofundar. Atenciosamente Professor Antero Cunha
15/07/2011.

miracora disse...

As referências bibliográficas são importantíssimas!